sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Análises críticas do documentário " O Dia que Durou 21 Anos"

Análise do Documentário “O dia que durou 21 anos”, de Camilo Tavares, com apoio da reportagem “O que era bom para o Brasil” da revista Carta Capital, sobre o golpe militar e a intervenção dos Estados Unidos da América no processo.


      Camilo Tavares foi o diretor do documentário “O dia que durou 21 anos, que relatou as principais causas do golpe militar de 1964, o motivo do golpe militar e, também da intervenção dos Estados Unidos. Camilo Tavares nasceu em 1971, na Cidade do México, devido ao exilio de seu pai Flávio Tavares durante a ditadura militar no Brasil. Em 1979 retorna ao Brasil, devido a anistia de João Figueiredo, e passou pelos Estados Unidos e Inglaterra e retornou ao Brasil e mudou-se para São Paulo após, onde é sócio de uma produtora de filmes.
        A Operação Brother Sam foi simplesmente a intervenção dos Estados Unidos no golpe militar contra o “Jango” (João Goulart) e instaurar uma ditadura militar no Brasil, já que o governo estadunidense, em apoio aos militares, eram contra as medidas tomadas por “Jango”, já que implantou as Reformas de Base, que eram a reforma agrária, bancária, fiscal, tributária, eleitoral e econômica. Portanto isso foi contra os ideiais dos Estados Unidos e o mesmo temia um governo comunista no Brasil. Por isso interviu no golpe militar de 64 e, após o golpe colocou o general Humberto de Alencar Castelo Branco no poder.
        O grande objetivo do documentário foi de explicar sobre o como aconteceu o golpe, do como os Estados Unidos interviu no golpe militar de 1964, e aponta o que realmente aconteceu no golpe, de como “Jango” fora deposto do poder.
Gabriel Cordeiro de Moraes


         Camilo Tavares é filho do jornalista e ex-militante Flávio Tavares, diretor do filme dedicou-se por mais de cinco anos ao projeto e contou com uma assessoria privilegiada. Ao procurar conhecer melhor a trajetória do pai, leu seu livro de memória, e começou um filme a partir do mesmo, porém, descobriu um telegrama que o levou a arquivos confidenciais e muito mais preciosos, logo o filme mudou de rumo e se tornou o documentário a partir do golpe de Estado de 64 com a intervenção dos EUA, chamado: O dia que durou 21 anos.
        “O Dia que durou 21 anos” expõe a participação dos Estados Unidos no golpe de Estado e a ascensão dos militares, comprovados através de minuciosa documentação, imagens e áudios surpreendentes, também se encontram telegramas trocados entre o diplomata, o presidente Kennedy e seu sucessor Lyndon Johnson para tirar João Goulart da presidência, alegando suas ideias e governo uma ameaça aos interesses dos Estados Unidos.
          Como mostra no documentário, os Estados Unidos se sentiu ameaçado com o governo do presidente João Goulart, e suas ideias de esquerda, que proporcionavam aos americanos a possibilidade de uma nova revolução comunista, assim como a que ocorreu em Cuba, porém se eles “perdessem” o controle sob o Brasil estariam em desvantagens, não iriam tolerar que mais um país deixasse de ser capitalista, e retirando o capital estrangeiro, as empresas transnacionais e o lucro para os americanos sob um país. Assim foi criada a operação Brother Sam, a qual foi um conjunto de auxilio logístico planejado pela CIA e a marinha norte-americana em apoio aos militares do regime de 1964, que tinha como objetivo tirar o presidente brasileiro João Goulart do seu cargo. Jango tentava impor suas ideias de reforma de base e principalmente reforma agrária, que foi desagradando os militares e o setor mais conservador da sociedade. Vendo sua autonomia se esvaecer os EUA financiou abertamente os movimentos de oposição ao governo de Goulart, com propagandas encobertas pela CIA, o estimulo a greves e também ocorreu a criação de dois núcleos de sustentação da direita, o IPES e o IBAD.
          Os Estados Unidos apostavam em Castelo Branco, então chefe do Estado- Maior do Exercito, como figura ideal para atender as expectativas americanas. Afastado do poder, Goulart tentou resistir ao golpe, porém, ficou sabendo que os EUA já tinham reconhecido e aceitado, o novo governo. Os militares norte-americanos estavam prontos para uma intervenção, invadindo o Brasil com a marinha americana e munição pesada. Para evitar uma guerra Jango foi exilado e o Golpe militar estava consolidado, os EUA conseguiram derrubar o governo do Goulart e suas ideias esquerdistas do Brasil, colocando Castelo Branco como o primeiro presidente do regime, de uma ditadura no país.
          Ficando assim a Operação Brother Sam, cancelada, Jango se “rendeu”, e não foi preciso uma intervenção brutal, com armamentos para destruição. Os protagonistas da operação negam veementes suas participações.
Giulia Sabrina Gonçalves S.




O texto a seguir mostrará, claramente, a verdadeira ideologia do documentário: “O dia que durou 21 anos” mostrando que a intervenção dos Estados Unidos na política brasileira contra João Goulart na década de 60 foi essencial para o desenvolvimento de uma ditadura no Brasil em 1964. Além disso, o texto abrange, de forma objetiva, um pouco da biografia do diretor do documentário Camilo Tavares e a causa do despertar da vontade de Tavares executar esse documentário.
Camilo Tavares, diretor do documentário O Dia que durou 21 anos, é filho do jornalista e ex- militante Flávio Tavares que foi um preso- político trocado pelo embaixador Charles Burke Elbrick, sequestrado em 1969. Camilo sempre procurou conhecer a trajetória e os conhecimentos do pai e por isso, leu o livro de memorias do Flavio e se idealizou nele para fazer seu documentário. Porém, Camilo Tavares achou uma pasta do pai que continha entre diversos documentos um telegrama que levou aos arquivos de Washington que mostrava alguns dos planos de intervenção na politica brasileira de João Goulart na década de 60. A partir daí, então, a mente de Camilo foi iluminada de novas ideologias e críticas mudando o filme de foco, conforme aborda a reportagem O que era bom para o Brasil. Aos 41 anos, ele se dedicou por mais de cinco anos ao projeto e, claro, contou com uma assessoria privilegiada.
O filme O Dia Que Durou 21 anos se centraliza na operação Brother Sam que, basicamente, foi a intervenção dos EUA na política de João Goulart, pois para os Estados Unidos, as ações de Jango  vinha de ideologias comunistas que fez do Brasil, um inimigo do capitalismo. Além disso, conforme abordava Kennedy, presidente dos EUA, o Brasil poderia ser uma nova Cuba com ideais parecidos com a de Fidel Castro ou de Juan Perón na Argentina. O embaixador americano Lincoln Gordon alegava que o Brasil poderia se tornar uma China da versão Ocidental.
Além disso, o filme aborda telegramas e áudios que revela a turbulência do governo dos EUA muito preocupado com as ações vindas de João Goulart, pois um novo governo comunista poderia espalhar novos ideais socialistas ao redor do mundo.
É preciso ressaltar que, depois que Kennedy morreu, seu sucessor Lyndon Baines Johnson nascido no Texas, continuou com a operação Brother Sam e obteve diversos contatos com o chefe do Estado-Maior do exército brasileiro Castello Branco para que fosse executado um golpe de Estado contra João Goulart com o objetivo de conter quaisquer ações favoráveis à implantação de um governo comunista. Além disso, diversas propagandas foram feitas como fonte de alienação à sociedade alegando que João Goulart era um perigo democrático ao Brasil.
No dia 1 de abril de 1964, Castello Branco e seus militares tomaram o poder de Jango, começando um período de nebulosidade na nação brasileira com repressão e falta de liberdade de expressão. Por mais que a marinha dos EUA estava na fronteira brasileira, não foi necessária sua intervenção, pois o golpe foi executado com êxito.
Jango, assim, saiu do poder com a ideologia de que se o Brasil resistisse ao golpe, não seria possível deter as forças norte-americanas com suas grandes potencias armamentistas.

Concluiu-se que os EUA aceitaram a implantação de uma ditadura no Brasil, pois não havia mais um perigo comunista que pudesse mudar o panorama capitalista e mundial da época. Além disso, “conforme a regra do capitalismo”, a questão capital é mais importante do que a questão social.  
                                Gabriel Victor Costa



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