"A obra Fazenda Modelo é uma novela pecuária executada por
Chico Buarque que utilizou da alegoria e do grotesco para mostrar as faltas de
liberdades de expressão, de imprensa, bem como as práticas de prisões e torturas,
muito comum ao processo da ditadura militar de 1964, aplicadas àqueles que se
mostravam opositores do governo ou simpatizantes das ideias comunistas, pois
era uma ameaça ao lucro do governo e, consequentemente, ao capitalismo."
O verdadeiro sentido
e significado do livro ficam claros por dois motivos que são citadas,
subjetivamente, em toda a narração: a questão dos grandes latifúndios e o medo
da implantação de um governo comunista. As iniciativas de reforma agrária foram
propostas pelo presidente João Goulart, e que por essa e outras ficou
caracterizado com um pensamento comunista, foram grandes motivações para que
ocorresse o Golpe Militar.
Dessa maneira, a obra é uma alegoria e metáfora em relação
ao período militar do Brasil onde encontramos bois e vacas submissos aos
comandos feitos pelo conselheiro superior, o “Bom Boi” Juvenal, numa comparação
clara aos homens e mulheres que se submetiam ao governo militar, cuja proposta
era o progresso, a ordem, baseados no controle da crise econômica e no
desenvolvimento da mesma. Assim, em todo o enredo é possível perceber a
alegoria da narrativa pecuarista representando o discurso político e ditador da
época, com a evolução nos processos da economia e das técnicas de produção
sendo duradouros por todo o período, tornando a leitura exaustiva e cansativa,
entretanto essa sensação é provocada de maneira proposital.
Para o autor, assim como no período do governo militar, a
liberdade do indivíduo era restrita pelo discurso dos princípios morais, que
seria a alienação politica à sociedade por meios de divulgação como a
propaganda impregnada pela ideia do milagre econômico.
Assim como a comunidade bovina aceitou pacificamente se submeter á liderança e autoridade do boi Juvenal, a sociedade aceitou as restrições radicais do governo ditatoriais em razão ao progresso econômico e material prometidos, onde a liberdade e o agir naturalmente da sociedade eram considerados um atraso econômico que deveria ser, cientificamente, regulado. Essa alienação perante a comunidade pecuarista fez com que acabasse os conflitos sociais, pois ficaram convencidos de que as condições sociais precárias que viviam, seriam consertados pelo Juvenal.
Assim como a comunidade bovina aceitou pacificamente se submeter á liderança e autoridade do boi Juvenal, a sociedade aceitou as restrições radicais do governo ditatoriais em razão ao progresso econômico e material prometidos, onde a liberdade e o agir naturalmente da sociedade eram considerados um atraso econômico que deveria ser, cientificamente, regulado. Essa alienação perante a comunidade pecuarista fez com que acabasse os conflitos sociais, pois ficaram convencidos de que as condições sociais precárias que viviam, seriam consertados pelo Juvenal.
Porém, no momento em
que houve a restrição de criação dos filhos e a concentração de renda para a
“burguesia” no livro criou-se o ponto principal da novela pecuária: A sociedade
pecuarista fez com que o governo militar entrasse em
extinção junto com os insatisfeitos em relação ao Juvenal exigindo igualdade social e direitos
democráticos.
Conclusão:
Concluiu-se que o livro “Fazenda Modelo”, basicamente, é uma
metáfora em relação à verdadeira situação da sociedade brasileira
com uma imensa repressão e submissão executando um paralelo à comunidade
pecuarista. É importante ressaltar a visão ampla de Chico Buarque ao fazer a
novela que era criticar e denunciar a limitação das liberdades de expressão e de imprensa
dando exemplos ao decorrer do livro como às prisões e torturas.
A grande sátira do livro fica muito clara nas situações
relevantes da novela pecuarista como a reforma agrária e operária comunista que
foram fatores importantes para que ocorresse o golpe militar de 64.
Dessa maneira a obra é uma alegoria ao Brasil, que coloca o conselheiro-
mor o “Bom Boi” Juvenal que tinha muita liderança e autoridade
deixando os bois e raças submissos à ideologia do progresso econômico.
Resenha feita por Gabriel Victor Costa, Giulia Sabrina e outros alunos.
Resenha feita por Gabriel Victor Costa, Giulia Sabrina e outros alunos.
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